* a faixa tem 15 minutos de duração, mas toca-se somente uns 3, 4 minutos. Não é erro. No final da faixa, lá pelos 14:52, aparece um "Outro" (como é conhecido)
Feliz 2008! O British Point estará com vocês!! Obrigado pela visita
Desejamos a todos os nossos visitantes, um ano novo repleto de paz, saúde e muita prosperidade ... Com muitos sonhos e emoções.
Que seja pleno de luz, esperança e harmonia. Cheio de amor e alegria. Que este Novo Ano seja de grandes realizações. Que você nunca deixe de sonhar... e que todos os seus sonhos se tornem realidade.
Enfim... Que 2008 venha carregado de felicidades!!
Desejamos a todos os visitantes um Feliz Natal. Vamos tirar uns dias de folga e em 2008 voltaremos com força total, com o que mais vocês gostam: downloads e mais downloads! Desejamos muita paz, saúde e a esperança de um ano melhor. Estamos preparando excelentes materiais, aguardem!
Bem, a gente ia postar isso no post anterior, mas faltaram algumas partes e decidimos colocar em um novo post... Bem, caso você curta Prodigy, não pode perder este post, pois tem o Electronic Punks. Apesar de ser dividido em 7 partes, totalizando 715mb, contém vídos indispensáveis para fãs do conjunto
Representantes do big beat e do eletrônico inglês, o Prodigy surgiu em Essex em 1990, com Liam Howlett, Keith Feith e Leeroy Thornhill, que promoveram o lançamento do primeiro álbum, "Experience" em 1992. Apesar com um quadro de membros diferente do inicial, o Prodigy é conhecido por estar em eventos de música eletrônica pelo mundo inteiro, fazendo turnês desde os principais países europeus até países do sudeste asiático.
Com uma carreira de 17 anos, o Prodigy tem 6 álbuns (sendo 2 compilações) e diversos singles.
-Charly -Fire - Jericho -Out Of Space -Everybody in the Place -Wind It Up -One Love -No Good (Start The Dance) -Voodoo People -Poison -Breathe -Firestarter -Smack My Bitch Up -Baby's Got A Temper
Bem, gente, por hoje é isso mesmo. Ao todo foram 4,35gb de Prodigy upados para vocês.
Os próximos posts serão sobre: Radiohead, Manic Street Preachers, The Good, The Bad & The Queen, Oasis, entre outros mais.
Agora, dois recados que queremos dar para vocês:
1. Caso você não consiga fazer o download de algum arquivo de nossas bibliotecas do 4shared, é porque nossa conta foi bloqueada, pois nós colocávamos as músicas separadamente. No 4shared, portanto, iremos upar os álbuns e singles em formato RAR (para abri-los, utilize o programa WinRar). Caso seja algum vídeo com o respectivo áudio, aí sim uparemos separadamente, em servidor alternativo, que já está em funcionamento, como outros que ainda estamos criando.
Bem, gente, eis a primeira promoção do British Point para vocês!
O prêmio? 3 dvd's não-oficiais do Oasis. Para ganhá-los, basta responder à seguinte pergunta:
Por que você merece ganhar o prêmio do British Point de Ano Novo?
São 3 entre mais de 20 apresentações para você escolher, com boa qualidade e muito rock 'n' roll.
As respostas serão aceitas até dia 05 de janeiro de 2007 e o vencedor terá seu nome divulgado na semana seguinte. Para isso, envie junto com a resposta seu nome completo, cidade, estado e e-mail, pois assim entraremos em contato.
Podem participar qualquer pessoa residente no território brasileiro (inclusive estrangeiros residentes no país), pois o envio será feito somente para o território nacional.
A lista de DVDs é a seguinte (sujeita a modificações):
-Noel Gallagher: Live for RollingStone.com (2007) [3 músicas] -Live at Cabaret Sauvage, Paris (2006) [13 músicas] -City of Manchester, Manchester (2005) [16 músicas] -Maine Road, Manchester (1996) [18 músicas] -Later with Jools Holland (2000) [11 músicas] -Make Trade Fair (2002) [6 músicas] -Teenage Cancer Trust, Londres (2007) [11 músicas] -Live at Budokan, Japão (1998) [15 músicas] -Steve Marriott Tribute (2001) [6 músicas] -Club Quattro, Tóquio (1994) [11 músicas] -Live at the Tweeter Center, Boston (2005) [17 músicas] -Live at Yokohama Arena, Yokohama (2002) [16 músicas] -Live at the G-MEX, Manchester (1997) [17 músicas] -Live at The Metro, Chicago (1994) [13 músicas] -Live at the Barrowlands: Ten Years Of Noise and Confusion (2001) [19 músicas] -Live at the Chapel, Melbourne (2006) [6 músicas] -Live at Columbia Halle, Berlim (2002) [18 músicas e 2 entrevistas] -Live at NPA France (2000) [3 músicas e 1 entrevista] -Live in Zenith, Lille (1997) [17 músicas] -MTV Unplugged, London (1996) [12 músicas e 1 documentário]
Upload feito pela Rafa, de um grande show do Ocean Colour Scene, de ótima qualidade e com participações especiais de Noel Gallagher e Paul Weller em duas músicas.
Tracklist: 1. The Riverboat Song 2. Green Onions 3. You've Got It Bad 4. The Circle 5. Traveller's Tune 6. Lining Your Pockets 7. The Riverboat Song 8. 40 Past Midnight 9. Debris Road 10. One For The Road 11. The Day We Caught The Train 12. Get Away 13. Robin Hood 14. I Wanna Stay Alive With You 15. The Poacher (with Paul Weller and Noel Gallagher) 16. Day Tripper (with Paul Weller) 17. Song of a Baker
Como não terminei de fazer o artwork de um bootleg de um show do Ocean Colour Scene, estou postando três músicas que o Oasis apresentou no Later with Jools Holland, em 1994, tanto em áudio como em vídeo.
Para quem não conhece Ride, é uma das ex-bandas do Andy Bell, componente do Oasis. É classificada como shoegazer e tem um som muito legal.
Eu não vou fazer mega-post do Ride, e sim vou fazendo posts separados da banda, pois sinto que vai demorar um pouco para eu fazer o download de todo o conteúdo.
Enfim, hoje eu upei o álbum Smile, que é a compilação dos EPs "Ride" e "Play", de 1990.
Mais um post sobre Stereophonics, com um texto mais elaborado e um show em vídeo para vocês.
O Stereophonics não é uma banda que tem uma enorme legião de fãs brasileiros, mas desde seu surgimento, no final dos anos 90, vem tendo uma consistente carreira de singles e álbuns de sucesso no Reino Unido, com um som calcado na melhor escola do britpop, só que vindo do País de Gales, mais precisamente da cidade de Cwamaman.
Kelly Jones (nascido em 3 de junho de 1974; vocais, guitarras, teclados), Richard Jones (nascido em 23 de maio de 1974 e sem parentesco com Kelly; baixo, vocais) e Stuart Cable (nascido em 19 de maio de 1970; bateria) se conheciam desde a infância, e após períodos com outras bandas, como o Zephyr, que surgiu em 1985, quando Kelly tinha apenas 11 anos, e o Silent Runner, que basicamente tocava covers em pubs nos arredores de Cwamaman.
O Silent Runner durou até o começo dos anos 90, até que Kelly e Richard recomeçaram a compor e tocar juntos em 1992, como uma banda cover chamada Blind Faith, só que eles descobriram que Eric Clapton já havia tido uma banda com este nome, daí mudaram para Tragic Love Company. O nome vinha de uma junção dos nomes das bandas favoritas dos três: Tragically Hip (banda canadense), Mother Love Bone (banda de Seattle que acabou dando origem a Pearl Jam e Soundgarden, dois ícones do grunge) e Bad Company (antiga banda de hard rock britânica). Alternando material próprio com covers, a banda começou a reunir uma pequena, mas fiel base de fãs em Gales, e gravações de fitas demo atraíram a atenção de várias gravadoras, e Kelly também começava a chamar a atenção por seu estilo único, tanto de cantar e tocar como de se vestir. Num show em 1996, em Newport, o vocalista encontrou um casaco de peles e usou no show. A partir daquele momento, o que era apenas um líder de banda caminhava para ser um típico rockstar.
Com o assédio das gravadoras, os integrantes resolveram mudar o nome da banda, e adotaram o nome Stereophonics, tirado da marca do aparelho de som da avó de Stuart Cable.
Em 1996, a banda finalmente assinou com o selo V2, pertencente a Richard Branson (magnata dono da Virgin), que queria apostar em bandas novas. No final daquele ano, saiu o primeiro single, "Looks Like Chaplin". Mesmo lançado em edição limitada, o disco atraiu atenção da mídia, especialmente pela voz marcante de Kelly Jones e por suas letras retratando o cotidiano da vida em cidade pequena, e a banda ganhou espaço abrindo shows para artistas como Manic Street Preachers, Ocean Colour Scene, Skunk Anansie e até mesmo o The Who.
Em março de 1997, o segundo single do Stereophonics, "Local Boy in the Photograph", foi lançado e chegou ao posto 51 na parada de singles britânica. A banda seguia trabalhando duro e nos meses seguintes, fez mais de 100 shows.
Em agosto do mesmo ano, Word Gets Around, primeiro álbum da banda, saiu e chegou ao sexto lugar na parada de singles britânica, e com o passar do tempo alcançou disco de ouro. Mais três singles foram extraídos dele: "More Life in a Tramps Vest" (posição 33), "A Thousand Trees" (posição 22) e "Traffic" (posição 20). Ainda rolou um relançamento de "Local Boy in the Photograph", que chegou ao 14º posto.
O sucesso havia chegado, e o reconhecimento veio no ano seguinte, quando o Stereophonics recebeu dos ouvintes da BBC Radio 1 o Brit Award como "Melhor Banda Nova do Reino Unido", em 1998.
O começo de 1998 foi de mais turnês, com a banda tocando pela Europa, fazendo alguns shows também nos EUA e até mesmo na Austrália. E em junho daquele ano, a banda faria seu maior show até então, no Cardiff Castle, no seu País de Gales natal: 10 mil espectadores. O show foi lançado em vídeo tempos depois.
No fim do mesmo ano, a banda lançou o single "The Bartender and the Thief", primeira obra extraída do segundo álbum, e que chegou ao terceiro lugar na parada de singles. O álbum, lançado pouco tempo depois, chamava-se Performance and Cocktails. Se o som da banda seguia o mesmo britpop com influências de hard rock, nas letras saía o estilo "sou de uma cidade pequena e minha vida aqui é assim" para "ei, nós saímos de uma cidade pequena e agora somos rockstars! Vamos aproveitar pra contar nossas histórias!". O disco estreou direto no número 1 da parada de álbuns britânica, e jogou a popularidade e a moral dos Stereophonics para o céu. A banda passaria o resto daquele ano e o início de 1999 em uma extensa turnê pelo Reino Unido, enquanto lançavam mais singles, todos bem-sucedidos: "Just Looking" e "Pick a Part That's New" alcançaram o quarto posto dos charts de singles, enquanto "I Wouldn't Believe Your Radio" e "Hurry Up and Wait" chegaram ao 11º posto. O ponto alto da turnê foi um show no Morfa Stadium, em Swansea, no dia 31 de julho. O estádio seria demolido tempos depois.
No ano 2000, a banda deu uma parada para escrever o terceiro disco. Nenhum single novo foi lançado, exceto uma colaboração deles com a lenda Tom Jones (histórico cantor galês), com quem gravaram uma cover de "Mama Told Me Not to Come", de Randy Newman. A música está em singles e no álbum Reload, do crooner galês.
Neste mesmo ano, Kelly Jones entrou em uma pequena turnê solo acústica, tocando basicamente as novas canções do Stereophonics e alguns hits antigos, sempre em locais pequenos, mas lotados. Esta turnê gerou boatos de que a banda acabaria, mas Kelly sempre dizia que tudo era bobagem. No show em Dublin, Kelly contou com a participação de Gem Archer e Noel Gallagher, do Oasis, e em Cardiff, reuniu os Stereophonics e disse "é como rever velhos amigos novamente".
No fim daquele ano, a banda foi mixar seu terceiro álbum em Nova York, e apareceu em alguns programas de TV, especialmente na MTV, com uma formação acrescida de Scott James nas guitarras e Tony Kirkham nos teclados, para dar suporte às canções nos shows, que tinham uma maior intensidade melódica que os trabalhos anteriores
Em março de 2001, saiu o primeiro single do novo álbum, "Mr. Writer". A música, que fala sobre jornalistas que escrevem inverdades sobre as bandas, apareceu em quinto lugar na parada de singles britânica, e o álbum, lançado tempos depois, chamou-se Just Enough Education to Perform, ou simplesmente J.E.E.P. A sigla não pôde ser usada como nome oficial porque a Daimler/Crysler, detentora da marca Jeep, ameaçou a banda de processo. O disco foi, mais uma vez, primeiro lugar direto na parada de álbuns, e alavancou ainda mais a carreira da banda, que passou a fazer shows em locais maiores, para mais pessoas.
O disco alcançou enorme sucesso, com o novo single "Have a Nice Day", que tinha uma linha melódica mais leve em relação ao trabalho anterior da banda, se tornando o símbolo desta fase. O grupo celebrou a turnê com shows em locais como o autódromo de Donington Park, o Slane Castle (em Dublin, para 80 mil pessoas) e, finalmente, no Millenium Stadium, em Cardiff. Este show, no dia de Natal, curiosamente, teve como uma das bandas de abertura o Ocean Colour Scene, que anos antes teve shows abertos pelo Stereophonics. Em paralelo, a banda ainda fazia shows em locais menores, em cidades como Edimburgo e Bristol.
Os outros singles extraídos do disco J.E.E.P. foram "Step On My Old Size Nines" (16º no singles chart), "Handbags and Gladrags" (uma cover de Rod Stewart, que atingiu o quarto lugar) e "Vegas Two Times" (23º lugar).
Em 2003, a banda já lançava um novo álbum, chamado You Gotta Go There to Come Back, que mais uma vez estreou direto no primeiro lugar do chart de álbuns. O primeiro single, "Madame Helga", chegou ao quarto lugar da parada de singles, e "Maybe Tomorrow" alcançou o terceiro posto, mas Kelly Jones e cia. não fizeram uma turnê extensa desta vez. Pequenas aparições em festivais e uma turnê exclusiva para o fã-clube foram o suficiente, além de alguns shows em festivais pela Europa.
Em setembro daquele ano, a banda sofreu sua primeira baixa na carreira. Kelly Jones, argumentando falta de compromisso, diferenças musicais e problemas de saúde, demitiu o velho amigo e baterista Stuart Cable. Para a turnê americana daquele ano, a banda recrutou Steve Gorman, ex-baterista do Black Crowes, para tocar com eles durante o resto da turnê, incluindo mais um evento com casa lotada no Millenium Stadium, em Cardiff.
No final de 2003, mais um single extraído de You Gotta..., "Since I Told You It's Over" foi lançado, atingindo o 16º lugar.
Em fevereiro de 2004, o álbum foi relançado, com o acréscimo da canção "Moviestar", que também foi single, chegando ao quinto posto. Esta foi a última canção gravada com Stuart Cable na bateria.
Ao longo do ano, a banda seguiu fazendo shows, seja abrindo para David Bowie nos EUA, ou sendo atração principal em festivais como o da Ilha de Wight, na Inglaterra. E no fim daquele ano, "Maybe Tomorrow" voltou às paradas, graças a inclusão na trilha sonora do vencedor do Oscar de Melhor Filme, Crash.
Entre o fim de 2004 e o início de 2005, Kelly, querendo passar mais tempo com a família e aproveitando o nascimento de sua filha Lolita, resolveu escrever as músicas do novo disco no estúdio Sahara Sound, em Londres, onde escreveu as músicas para um novo álbum, e recrutou o argentino Javier Weyler (nascido em 3 de julho de 1975) para o cargo de baterista, após algumas frustradas tentativas de trabalhar com uma bateria eletrônica. O resultado desse trabalho foi um disco de volta às origens rockers: Language. Sex. Violence. Other? saiu no início de 2005, com o primeiro single, "Dakota", alcançando a primeira posição na parada de singles, alavancada por um clipe simples, mas bem "energético". Pra termos noção da moral dos caras, o Coldplay, que é uma banda teoricamente bem mais famosa, nunca conseguiu emplacar um single no número 1. Depois do lançamento do disco, a banda iniciou uma turnê de pequenas proporções, tocando em locais para 300 pessoas, num clima, como dizem alguns, "intimista".
Depois de "Dakota", os outros singles de Language... foram "Superman" (13º lugar), "Devil" (11º lugar) e "Rewind" (17º lugar). Ainda em 2005, a banda tocou no festival Live 8, em Londres, para seu maior público até hoje. A banda estava com uma série de shows junto com o Oasis naquela época, mas os eventos foram cancelados para Kelly e cia. passarem mais tempo com suas famílias. De acordo com o líder da banda, "estava num ponto de minha vida onde eu precisava quebrar o ritmo gravações-turnês-gravações-turnês, porque não conseguia mais ser criativo, nem revigorante, nem nada. Quando você está na estrada, não tem tempo de relaxar, então você acaba desorientado. E ter o foco em alguma coisa que não seja você mesmo faz você perceber o que é realmente importante na vida. E tempo é precioso demais".
Em 2006, a banda lançou o álbum duplo Live from Dakota, com 20 faixas ao vivo com repertório oriundo de todos os álbuns anteriores. Para selecionar o material do disco, a banda gravou todos os shows da turnê de Language. Sex... e escolheu as melhores versões. O disco ainda conta com uma música chamada "Jayne", que entraria no ano seguinte no primeiro álbum solo de Kelly Jones.
Neste ano de 2007, Kelly lançou seu primeiro álbum solo, chamado Only the Names Have Been Changed, com 10 faixas que levam nomes de mulheres, e arranjos simples de pianos, violões e cordas. O baterista Javier Weyler também lançou um disco solo, sob o nome Capitán Melao, um trocadilho com palavras envolvendo sua origem latina.
Ainda este ano, a banda gravou uma cover de "You Sexy Thing", do Hot Chocolate, para o CD comemorativo de 40 anos da Radio 1 da BBC. E finalmente, em outubro último, o Stereophonics estava plenamente de volta, com o single "It Means Nothing", que estreou em 12º lugar na parada britânica. A canção, inspirada pelos atentados terroristas em Londres e pela vontade de Kelly em retornar aos velhos valores do começo da carreira. Logo após o single, a banda lançou seu mais recente álbum, chamado de Pull the Pin. Mais uma vez, número 1 na parada britânica. E mais uma vez, os Stereophonics estão de volta.
O próximo single extraído de Pull the Pin será "My Friends", e será lançado no dia 03 de dezembro no Reino Unido.
Curiosidades
-- Kelly Jones sempre teve uma relação difícil com a mídia, e já fez críticas a jornalistas (na música "Mr. Writer", especialmente) e a outros músicos, como Matt Bellamy, do Muse, e Tom Yorke, do Radiohead. Ele também chamou reality shows musicais como Popstars e X Factor, e "bandas fabricadas como o Hear'Say de "piadas que não contribuem em nada com a música".
-- Um exemplo da ironia e da esculhambação de Kelly com a mídia: em 2000, ele declarou para o New Music Express, semanário musical britânico: "Sou um nazista espancador de gays com um pinto que parece um rato. Odeio os ingleses e estou numa banda de merda que faz músicas de merda. Ah, e minha cabeça tem o mesmo formato de uma batata". Simpático ele, não?
-- Mais uma de Kelly Jones, também em 2000: na cerimônia do Brit Awards daquele ano, Kelly perguntou ao mestre Tom Jones "Tom, posso ficar com seu prêmio?". O eterno crooner galês devolveu: "Não, Kelly, você pode esperar 35 anos como eu tive que esperar". Podia ter ficado sem essa...
-- Kelly tem fama de ser fumante inveterado, na casa de 60 cigarros ao dia.
-- Kelly também tem o hábito de usar jaquetas de couro, roupas antigas e, de uns tempos pra cá, mesmo em concertos noturnos ele sempre está de óculos escuros.
-- O tecladista Tony Kirkham e o guitarrista Adam Zindani estão atualmente acompanhando a banda nos shows.
-- Várias canções dos Stereophonics foram utilizadas em filmes e seriados. O caso mais conhecido é "Maybe Tomorrow", que toca nos créditos finais de Crash, vencedor do Oscar de melhor filme; mas outros exemplos são o do uso de "Dakota" num episódio da finada série Veronica Mars; "Rewind" aparece na série Cold Case; "Superman" aparece em Smallville; "Devil" aparece na série Rescue Me.
-- A canção "I'm Alright" aparece e é discutida em detalhes num episódio da série South of Nowhere.
-- Quando o Oasis lançou a música "The Hindu Times", em 2003, muitos notaram a semelhança de um riff com trechos de "Same Size Feet", do Stereophonics. Perguntado sobre um possível processo de plágio contra a banda dos irmãos Gallagher, Kelly Jones declarou: "nós copiamos tanta coisa do Oasis ao longo da nossa carreira que é motivo de orgulho ver Noel e Liam copiando alguma coisa nossa!".
Discografia:
Álbums: Word Gets Around (1997), Performance and Cocktails (1999), Just Enough Education to Perform (2001), You Gotta Go There to Come Back (2003), Language. Sex. Violence. Other? (2005), Pull the Pin (2007).
Singles: "Local Boy in the Photograph", "More Life in a Tramps Vest", "A Thousand Trees", "Traffic", "Local Boy in the Photograph" (relançamento), "The Bartender and the Thief", "Just Looking", "Pick a Part That's New", "I Wouldn't Believe Your Radio", "Hurry Up and Wait", "Mama Told Me Not to Come" (com Tom Jones), "Mr. Writer", "Have a Nice Day", "Step On My Old Size Nines", "Handbags and Gladrags", "Vegas Two Times", "Madame Helga", "Maybe Tomorrow", "Since I Told You It's Over", "Moviestar", "Dakota", "Superman", "Devil", "Rewind", "It Means Nothing" e "My Friends".
Álbum ao vivo: Live from Dakota (2006)
DVDs: Live at Cardiff Castle (1998), Live at Morfa Stadium (1999), Call us What You Want But Don't Call Us in the Morning (2000), Day at the Races (2002), Language. Sex. Violence. Other? (2006), Rewind (2007).
Material publicado pela revista Bizz (ou Showbizz, dependendo do período) sobre o Stereophonics:
Showbizz - julho de 1999 - matéria sobre diversas bandas saídas do País de Gales, incluindo o Stereophonics:
LAN PEN OL Y SAIS*
por José Flávio Júnior e Maíra Mee
Elas estão balindo, ou melhor, batendo à sua porta. Depois de dominar a cena pop rock do Reino Unido e de correr por outros cantos da Europa, uma leva de bandas galesas começa a ter seus discos editados até mesmo aqui, no longínquo Brasil. Manic Street Preachers, Stereophonics, Catatonia e Super Furry Animals são alguns dos nomes que estão sempre nas capas das revistas musicais inglesas e começam a ser conhecidas entre nós.
Sinceramente, o que vem à sua cabeça quando Gales é mencionado? Nada, não é? Pois vamos a uma aulinha: o país faz parte do Reino Unido da Grã-Bretanha, assim como Inglaterra, Escócia e Irlanda do Norte. Está localizado na região oeste da ilha principal, tem sua economia baseada na pecuária ovina (há tempos imemoriais seus habitantes são alvo de gozações sobre sexo com ovelhas) e na exportação de minérios, toma surras históricas no futebol, mas se garante no rúgbi. Cardiff é a capital e a sopa de batata com alho-poró é o prato nacional.
O povo celta foi o primeiro a habitar a região, que hoje é conhecida por País de Gales. Esses nativos deixaram o galês (que não deve ser confundido com o gaélico, língua falada originalmente em outras partes do Reino Unido) como legado e, mesmo com a oficialização do inglês, um quinto da população atual ainda fala o idioma de seus ancestrais.
Apesar de ser um país dado à poesia e à música, historicamente o País de Gales contribuiu relativamente pouco para a cultura pop britânica. Pode-se dizer que sua maior influência no rock veio do poeta Dylan Thomas (morto em 1953, sem jamais ter ouvido alguma música em quatro por quatro, a batida tradicional do rock´n´roll). Foi ele que um certo americano chamado Robert, ou Bob, homenagou quando quis substituir seu sobrenome Zimmerman. Virou, claro, Bob Dylan. John Cale (ex-guitarrista do Velvet Underground), a diva negra Shirley Bassey (que cantava "Goldfinger", tema de OO7 Contra Goldfinger, com os braços para trás, sem jeito), o cantor Tom Jones, o supracitado poeta Dylan Thomas e recentemente Gary Barlow (ex-gorducho e ex-Take That, atual ídolo teen) foram os poucos galeses a se destacarem neste século. "Gales nunca teve muito rock. Mas agora tem o Catatonia, o Super Furry Animals, bandas de que gosto muito", conta o produtor Paul Ralphes, galês radicado no Rio que já trabalhou com Skank, Biquíni Cavadão, O Rappa e Titãs. "O Manic Street Preachers é hoje a banda principal da Europa e eu os adoro porque eles têm orgulho de ser galeses", completa.
* (Up the Englishmen´s arse!, ou "p** no c* dos ingleses!", a frase em galês mais famosa no Reino Unido)
Dylan Thomas
"Acabo de tomar dezoito uísques. Um recorde, creio eu." Reza a lenda que essas foram as últimas palavras do poeta (1914-1953). A bravata en-graçada, típica de alcoólatra, era o reverso aparente de versos tristes, como os do clássico poema Do Not Go Gentle Into That Good Night ("Não entres nessa noite acolhedora com doçura"..."pois a velhice deveria arder e delirar ao fim do dia/ Odeia, odeia a luz cujo esplendor já não fulgura" - tradução de Ivan Junqueira, José Olympio Editora, 1991), uma referência para todo galês que se preze.
Tom Jones
O cantor foi homenageado recentemente numa colaboração da cantora do Ca-tatonia, Cerys Matthews, com o Space, grupo de Liverpool. "The Ballad Of Tom Jones." O dueto retrata um casal em crise que só pára de se agredir quando ele liga o rádio e pinta uma música do grande crooner de Gales (conhecido pelas gerações mais novas de brasileiros por ser a voz da versão de "Kiss", de Prince, feita pelo Art Of Noise no fim dos anos 80). A balada começa com a mulher dizendo que seu parceiro é pior que Hannibal Lecter, Charles Manson, Freddie Krueger e Satanás juntos. Ele confessa que quer envenenar a pizza dela. Até que chega o momento redentor e a dupla agradece a Tom Jones: "Você evitou que matássemos um ao outro/ Você nunca saberá, mas salvou nossas vidas". Em tempo: Anthony Hop-kins, que viveu o tal Hannibal Lecter (ou Hannibal, o canibal) em O Silêncio dos Inocentes, também é galês, e muito orgulhoso disso.
Manic Street Preachers
A maior banda galesa de todos os tempos. Ponto. Com cinco álbuns lançados e uma legião de fãs que os acompanha desde o início da década, os rapazes socialistas da pequena cidade de Blackwood nunca estiveram tão estabelecidos quanto hoje. Frases como "Nós somos a escória jovem, linda e p*** com o mundo" e "Para nós, vida ainda é repetição, humilhação, tédio" foram algumas das pérolas que a banda so-l---tou nos jornais bri---tânicos, na época do lançamento do primeiro álbum, Gene-ration Terrorists, de 1992. "It´s So Easy", do Guns´N´Roses, era cover recorrente nos shows dos Manics, que causavam estranhamento por ser a única banda de hard rock numa cena que era dominada pelas bandas shoegazers (literalmente, "olhadores de pés", de tímida presença de palco) como o Ride. O guitarrista (que entrou na banda sem saber tocar seu instrumento) e compositor Richey James Edwards alcançou o auge no disco Holy Bible, de 1994, com ácidas letras políticas. Pouco depois do lançamento do álbum, o carro do anoréxico Richey foi encontrado próximo à Severn Bridge, ponte procurada por um grande número de suicidas britânicos. O corpo do rapaz nunca foi encontrado, e volta e meia surgem boatos do tipo "Richey não morreu". O MSP seguiu como um trio e nunca mais foi o mesmo, embora tenha atingido níveis inéditos de sucesso. O vocalista e guitarrista James Dean Bradfield e o baterista Sean Moore continuaram fazendo as músicas e o baixista Nicky Wire assumiu o posto de letrista. Soltaram o maravilhoso Everything Must Go em 1996, apostando menos no peso e lamentando o sumiço do "falso" guitarrista. This Is My Truth Tell Me Yours, quinto rebento, chegou às lojas no final do ano passado e levou uma enxurrada de prêmios na Europa. Belo e depressivo, o disco foi lançado no Brasil.
Stereophonics
Com apenas dois discos lançados,Word Gets Around e Performance And Cocktails (este saiu por aqui no mês passado), eles são o fenômeno adolescente da moderna Grã-Bretanha. Nada mal para três garotos saídos de uma minúscula vila do norte do País de Gales chamada Cwmaman. O líder Kelly Jones é uma das figuras mais assediadas na Europa e o rock´n´roll feroz do grupo é herança dos discos de Led Zeppelin e Creedence Clearwater Revival que eles pegavam emprestados com os irmãos mais velhos. São tratados com o maior carinho pela imprensa e pela gravadora, a V2, que bancou até a filmagem do videoclipe de "Bartender And The Thief" no Vietnã.
Gorky’s Zygotic Mynci
Optando pelo galês na maioria das composições, a banda nasceu na costa oeste do país, região em que o número de falantes do idioma celta é maior. Começaram a tocar quando tinham apenas 13 anos, em 1990, com um repertório baseado em letras que retratavam seu cotidiano escolar. O som, repleto de mudanças de tempo, remete a alguns trabalhos de Frank Zappa. A coletânea Introducing..., de 95, cobre a primeira fase do grupo, presente nos álbuns Patio, Tatay e Bwyd Time. Analisando a arte das capinhas e dos encartes dos seis discos que o GZM já lançou, dá pra dizer que o cogumelo é bastante apreciado pelos garotinhos. Foram dispensados pela Mercury junto com mais um monte de bandas, mas já estão de gravadora nova, a Beggar´s Banquet, prometendo o disco novo para o segundo semestre.
Catatonia
A vocalista Cerys Matthews é o centro das atenções no Catatonia. Seu sucesso atesta que uma garota comum pode se tornar símbolo sexual se for simpática, tiver atitude e, principalmente, se for boa de voz e de banda. Cerys cantava nas ruas de Cardiff quando conheceu os quatro rapazes da banda, em 1993. Desde então, todo e qualquer compacto ou EP que o Catatonia lançou teve boa repercussão na mídia. 1996 foi o ano em que o quinteto deu à luz o primeiro álbum, Way Beyond Blue. Músicas poderosas como "Bleed" ressaltavam o estridente canto da moça e apontavam que a consagração se aproximava. International Velvet, aclamado disco de 98, confirmaria a previsão. A primeira faixa a estourar foi "Mulder And Scully", que relatava um relacionamento que só poderia ser entendido pelos agentes da série Arquivo X. Com "I Am The Mob", "Road Rage", "Strange Glue" e "Game On" também sendo maciçamente executadas nas rádios britânicas, o pop rock do Catatonia viraria febre e os porres de Cerys ficariam mais conhecidos. Este ano saiu Equally Cursed And Blessed. Mais pop, o álbum reforça a origem galesa do grupo em músicas como "Storm The Palace" (contra o turismo in-devido em Gales) e "Londi-nium" ("Londres nunca dorme, é apenas uma m***").
Super Furry Animals
O Ffa Coffi Pawb (F***-se Todo Mundo) encerrou atividades em 1993 e de suas cinzas surgiu o Super Furry Animals. Dois anos mais tarde, o quinteto de Cardiff lançaria Fuzzy Logic, cujos maiores méritos são a baladinha "Something 4 The Weekend" e o proto-hit "Bad Behavior". No afã de definir a maçaroca pop-rock-eletrônica cheia de referências organizada pelo SFA, a imprensa tentou de tudo: mistura de Blur com Pulp, Blur com LSD, Bowie com Syd Barrett, e por aí afora. O brilhante Radiator deu continuidade ao trabalho dos galeses, parindo singles incessantemente. "Demons", "She´s Got Spies", "Hermann Loves Pauline" (que cita Che Guevara), "The International Language Of Screaming" e "Chupacabras" viraram hinos entre a juventude indie da ilha. Na mistura lisérgica, sobra até para a América Latina. Letra e clipe de "Chupacabras" foram concebidos na Colômbia e o novo disco, Guerilla, será lançado no Brasil pela Sony.
Língua de doido
"Todos os dias quando acordo/ Agradeço ao Senhor por ser de Gales", diz o refrão de "Inter-na-tional Velvet", sucesso do Catatonia cujas estrofes são cantadas na língua pátria da banda. Veja se você consegue sacar alguma semelhança entre o original em galês e as traduções para inglês e português.
Em galês:
Deffruch Cymry cysglyd gwlad y gân dwfn yw´r gwwendid bychan yw y fflam Creulon yw´r cynhaeaf ond per yw´r dôn ´Da´ alaw´r alarch unig yn fy mron
Em inglês:
Wake up sleepy Welsh, land of song Deep is the weakness, Small is the flame, The harvest is cruel, but thetune is beautious With the song of the lonely swan in my chest
Em português:
Acorde Gales sonolenta, terra da canção Profunda é a fraqueza, Pequena é a chama, A colheita é cruel, mas a melodia é bela Com a canção do cisne solitário em meu peito
É bom ficar de olho nas novas bandas do País de Gales. Um grupo como o Topper, autor da be-lí-s-sima "Something To Tell Her", terá mais facilidade de se firmar no cenário pop rock depois que Manic e Stereophonics mostraram o caminho. Melys (traduzindo: Doce), Wwzz (que conta com integrantes do SFA), Manchild (projeto parecido com o Unkle, de James Lavelle e DJ Shadow), David Wrench (chamado de "o Nick Cave galês") Cartoon, Crocketts, Ether e Derrero são ótimas pedidas, que podem estar pintando num segundo momento da invasão made in Wales.
Showbizz - junho de 1999 - resenha do disco Performance and Cocktails:
STEREOPHONICS - PERFORMANCE AND COCKTAILS - V2/ROADRUNNER
Originalidade não é o ponto forte da banda
Difícil categorizar o tipo de rock do Stereophonics. O trio galês chega ao segundo álbum, Performance And Cocktails, freqüentando duas panelinhas britânicas. A dos "indie pesados" (Reef, Terrorvision, Skunk Anansie) e a "super pop" (Catatonia e Space). Talvez esse trânsito de mão dupla explique as 44 mil cópias vendidas no dia de lançamento de Performance no Reino Unido. E dá-lhe capa de revista européia, sabatina em semanário inglês, pôster em quarto de adolescente. "Roll Up And Shine", que abre o disco, é bem legal. "Pick A Part That´s New" e "T-shirt Sun Tan", idem. Mas fica uma pergunta: o que o Stereophonics gravou que o Ocean Colour Scene, ou qualquer banda inglesa atual, ainda não tenha gravado? Nada. São as mesmas referências resultando nas mesmas releituras. Empolgante mesmo só o Oasis, que, enquanto não solta material novo, anula as possibilidades de se dar nota dez para um álbum de rock. Um sete já está bem legal para o Stereophonics. (José Flávio Júnior)
Nota 7
Showbizz - outubro de 1999 - resenha do disco Word Gets Around:
GRANDE PONTAPÉ INICIAL
Word Gets Around (V2/Roadrunner)
Word Gets Around, de 1997, disco de estréia do trio galês Stereophonics, tem mais acertos do que Performance And Cocktails, o posterior, já editado por aqui. A voz rouca de Kelly Jones na faixa de abertura, "A Thousand Trees", já proporciona alguns arrepios - um rockão apaixonado cheio de metáforas, que desemboca no refrão "É necessário apenas um fósforo/ para botar fogo em mil árvores". "More Life In A Tramps Vest", "Local Boy In A Photograph" e "Goldfish Bowl" prolongam a empolgação da primeira música. Como todo bom disco de hard rock, a baladona não poderia estar ausente: "Traffic" fez um sucesso estrondoso no Reino Unido. Em versão ao vivo, "Traffic" aparece no "lado B" do single de "The Bartender And The Thief", hit do segundo álbum do Stereophonics que também está saindo no Brasil. As outras três pauladas do disquinho são a versão ao vivo da própria "Bartender", "She Takes Her Clothes Off" e "Raymonds Shops", dedicada às outras bandas que colocaram o País de Gales no mapa: Manic Street Preachers, Catatonia, Super Furry Animals... (José Flávio Júnior)
nota 8
Bizz - junho de 2001 - resenha do disco Just Enough Education to Perform:
STEREOPHONICS
Just Enough Education To Perform (V2/Sum) - três estrelas
Kelly Jones acerta a mão só quando não inova
O milionário, balonista e visionário Richard Branson realmente estava certo ao fazer do Stereophonics um dos primeiros nomes do elenco da então novíssima gravadora V2. Contratado em 1996, o trio galês comprovou o faro apurado do ex-proprietário da Virgin e, em dois álbuns, tornou-se um dos maiores grupos da música britânica com harmonias elaboradas, melodias grudentas e verve para falar sobre o cotidiano teen. Passados cinco anos, a maturidade parece, enfim, ter batido à porta. Encarar a vida adulta e estabelecer novos parâmetros ou jogar no seguro para garantir a fama? Just Enough... é o flagrante exato dessa cruel dúvida pós-adolescente. Em algumas faixas, a banda de Kelly Jones encara uma inédita faceta nostálgica ao reciclar com mais pegada a linguagem blues rock de nomes dos anos 60 como Jimi Hendrix e Cream ("Vegas Two Times").
Em outras, como nas baladas popíssimas "Mr. Writer", "Maybe", "Lying On The Sun" e "Step On My Old Size Nines", pensa duas vezes e volta ao que sabe fazer de melhor. Banda e ouvintes saem ganhando apenas na segunda opção.
Para quem gosta de: Power pop, Big Star, Teenage Fanclub, "Anna Júlia" (texto de Abonico R. Smith)
Bizz - janeiro de 2000 - resenha do disco Reload, de Tom Jones, que conta com a participação do Stereophonics em uma das músicas:
TOM JONES
Reload (V2/Roadrunner)
O velho crooner em boas - e más - companhias
As bandas novas vivem dizendo que o amam, ele é citado em refrões de britpop e costuma se dar bem quando grava música contemporânea. Assim sendo, este disco de duetos unindo a nova guarda do pop rock britânico e adjacências ao velho crooner galês Tom Jones acaba não sendo tão picareta. Reload sugere uma nova bombada na carreira do cantor, mas deve ser consumido pela garotada com apetite kitsch (mas com todo o respeito). Tem muita coisa inusitada, algumas inevitáveis derrapadas - parceiros malas, músicas mal escolhidas - e... versões até melhores do que as originais! Jones está totalmente à vontade ao lado de Robbie Williams em "Are You Gonna Go My Way", de Lenny Kravitz, turbinada por metais. "All Mine", do Portishead, ganhou uma versão dilacerante na voz do mestre, ao lado do Divine Comedy. Os conterrâneos também não fazem feio. James Dean Bradfield, do Manic Street Preachers, duela com o ídolo em "I´m Left, You´ re Right, She´s Gone" para ver quem tem o vocal mais emocionante e Cerys Matthews, do Catatonia, faz charminho em "Baby It´s Cold Outside", clássico do jazz romântico, gravado originalmente por Ray Charles e Betty Carter, no início dos anos 60. A seleção tem ainda Stereophonics, Van Morrison, Cardigans, Pretenders e outros grandes artistas pagando tributo. Ou, dependendo do caso, pagando mico. (José Flávio Júnior)
Nota 6
Bizz - outubro de 2000 - trecho de uma matéria sobre o festival de Reading daquele ano, assinada por José Flávio Júnior:
"Os dois últimos atos no Main Stage se deram com os esperados Placebo, numa apresentação horrível, repleta de composições inéditas (algumas, com a participação de um rapper zé-ninguém de Los Angeles), e Stereophonics. O trio galês equivale ao Skank no Brasil. Tudo o que fizeram até agora em sua pequena carreira teve dignidade e sucesso garantido. As garotas, que acham o vocalista Kelly Jones um gato, berraram jóias pop como "A Thousand Trees" e "T-shirt Sun Tan". O conterrâneo crooner Tom Jones veio para o dueto de "Mama Told Me Not To Come" no finzinho."
Tracklist: 1. Back in the URSS 2. Dear Prudence 3. Glass Onion 4. Ob-La-Di, Ob-La-Da 5. Wild Honey Pie 6. The Continuing Story of Bungallow Bill 7. While My Guitar Gently Weeps 8. Happiness Is A Warm Gun 9. Martha My Dear 10. I'm So Tired 11. Blackbird 12. Piggies 13. Rocky Raccoon 14. Don't Pass Me By 15. Why Don't We Do It In The Road? 16. I Will 17. Julia 18. Birthday 19. Yer Blues 20. Mother Nature's Son 21. Everybody's Got Something To Hide Except Me And My Monkey 22. Sexy Sadie 23. Helter Skelter 24. Long, Long, Long 25. Revolution 1 26. Honey Pie 27. Savoy Truffle 28. Cry Baby Cry 29. Revolution 9 30. Good Night
O Stereophonics é uma banda britânica formada em 1992 por Kelly Jones (vocal, guitarra, piano); Richard Jones (baixo); Javier Weyler (bateria). Originada em Carmarthenshire, País de Gales a banda faz parte do cenário britpop, junto com outras bandas como Oasis, The Verve, Blur, etc.
Umas das características mais marcantes do Stereophonics é a voz rouca de seu vocalista. A banda conta em seu repertório com baladas como Since I told you is over e Maybe Tomorrow [conhecida por ser trilha do filme Crash - No Limite], além de músicas mais agitadas como Thousand Trees, Looks Like a Chaplin.
A banda tem 5 CD's lançados (Words Gets Around; Performance and Cocktails; Just Enough Education to Perform; You Gotta go there to come back; Language. Sex. Violence. Other e o novíssimo Pull the Pin).
(Texto por Luciana)
E o conteúdo foi preparado por três semanas, mas finalmente aqui está! Knock youselves out!
Performance and Cocktails (Live at Morfa Stadium) (3 partes) (.rar) (75mb) Parte 1 Parte 2 Parte 3
Live From Dakota (4 partes) (.rar) (125mb) CD 1 Parte 1 Parte 2
Pois bem... espero que tenham curtido. Gente, eu estarei ausente esta próxima semana pois estarei de viagem para Florianópolis, mas acredito que os outros membros da equipe vão postar algo... se não postarem, podem estar certos de que eles já estão preparando conteúdo para ser postado na volta... ok?
Ah, e gostaríamos de ressaltar a grande e indispensável ajuda da Luciana, fã de Stereophonics, que nos ajudou upando esse grande material. Muito obrigado!!!
Quanto à apresentação de Fade Away, que é considerada por muitos como uma das melhores, upamos o vídeo no youtube e no 4shared, caso desejem fazer o download:
Link para download: Download [ 42mb ] [ .mpa (roda no windows media player) ]
O New Order já era, em 1987, considerada a "maior banda independente do mundo", já que ela seguia, desde os tempos em que se chamava Joy Division. ligada à Factory Records, a anárquica gravadora de Manchester dos quais, na prática, a banda era sócia, ao lado do apresentador de TV e agitador cultural Tony Wilson (falecido no mês passado) e do empresário Rob Gretton (morto em 1999). Essa história é retratada, de modo não muito condizente com a - dizem - verdade dos fatos, no filme A Festa Nunca Termina (24 Hour Party People), de 2002. Mas voltemos ao New Order.
A banda sempre teve o hábito de lançar muitos singles, e muitos deles não constavam nos álbuns gravados pela banda. Canções como "Blue Monday", "Confusion" e "Thieves Like Us" só existiam em versões de 7 e 12 polegadas, os formatos de compactos da época. E logo após o lançamento de Brotherhood (1986), quarto álbum da carreira do NO, não se sabia o futuro da banda.
Diz a lenda que Tony Wilson comprou um carro novo em meados de 1987 e que o veículo vinha com um CD player, coisa considerada um enorme luxo. E daí surgiu a idéia de juntar todos os singles do New Order em um único pacote. E eis que, em 17 de agosto daquele ano, saía Substance, a primeira coletânea da banda, juntando boa parte dos singles de 12 polegadas da carreira da banda em vinil duplo, cassete (simples ou duplo, dependendo do país) e CD duplo. O disco também foi lançado em DAT (Digital Audio Tape), um formato que ficou restrito a uso profissional. Nas versões em cassete duplo, CD duplo e DAT, além dos lados A dos compactos, estão também alguns B-sides e remixes.
Dois dos compactos, "Temptation" e "Confusion", entraram no disco em regravações feitas especialmente para a coletânea, enquanto "Ceremony" entrou na segunda versão gravada, quando Gillian Gilbert já fazia parte do grupo. A primeira versão, gravada apenas por Bernard Sumner, Peter Hook e Stephen Morris, só viu a luz do laser na coletânea Singles, de 2005. "Subculture" aparece em um remix de John Robie, enquanto "The Perfect Kiss", na versão em CD, está em uma versão levemente editada, por conta das limitações de tempo do formato na época (máximo 74 minutos). Para completar o pacote, a banda incluiu no disco duas músicas na época inéditas, que saíram como novo single simultaneamente: "True Faith" (no vinil e CD/cassete 1) e "1963", B-side desta.
Dentre os B-sides, mais confusão: a canção "Cries and Whispers" foi erroneamente creditada como "Mesh" (erro que persiste nas edições da obra até hoje), enquanto a verdadeira "Mesh" aparece em algumas versões em cassete creditada como "Cries and Whispers". Bem que dissemos que a Factory era uma gravadora anárquica, né? Depois do lançamento de Substance, o New Order fez uma turnê mundo afora e, em dezembro daquele ano, parou para gravar o disco Technique, que seria lançado em janeiro de 1989.
Confusões de versões à parte, a coletânea deu finalmente a fama mundial à banda, vendendo mais de um milhão de cópias nos EUA e vendendo bem também no Brasil. Vendeu tanto que no final de 1988 - antes mesmo do lançamento de Technique - o New Order fez uma série de shows em terras brazucas: um em Porto Alegre, um no Rio de Janeiro e quatro em São Paulo.
Curiosidades
A capa do disco é mais um trabalho minimalista do designer Peter Saville. Há apenas as inscrições "New Order", "Substance" e o ano 1987, escritos em fonte preta sobre fundo branco. Em 1989, foi lançado um VHS (mais tarde também saiu em LaserDisc) com o mesmo nome, com os clipes da banda até a época. O design foi mantido, mas com fundo cinza e as letras brancas dizendo 1989 em vez de 87. Na versão japonesa, o fundo é azul e na lançada no formato LaserDisc, era azul-turquesa. Entre os clipes, animações com a música "The Happy One", ao fundo. Esta música, instrumental, foi retirada das sessões do disco Technique, de 1989.
(texto por Expedito Paz)
A extinta (até quando?) revista Bizz, em sua edição de junho de 1988, trazia o New Order na capa e uma resenha da coletânea, que reproduzimos abaixo:
SUBSTANCE - New Order (WEA) "É incontestável a importância do New Order no panorama musical desta década. Uma banda que conseguiu assimilar o trauma causado pelo fim do Joy Division, com a morte do vocalista Iam Curtis, impondo um estilo próprio que assimilou a tecnologia dos samplers e drummachines com simplicidade e inspiração; um grupo que. pouco a pouco, foi lapidando a energia primitiva e a atmosfera sombria do som do Joy em timbres elaborados e batidas dançantes, conseguindo alcançar sucesso comercial sem renegar seu passado ou fazer concessões em sua imagem ou proposta sonora. Substance é a segunda coletânea de singles lançada pela banda (a primeira foi o LP 1981-1982) e traz doze faixas remixadas, que compreendem o período de 1980 a 87. Temos então um desfile de pérolas, que começa com "Ceremony", música do Joy que foi uma das primeiras a ser gravada pelo New Order; passa por "Blue Monday", que tomou-se um de seus grandes sucessos comerciais, assim como "Perfect Kiss"; "Bizarre Love Triangle" e a única inédita, "True Faith". Quando do lançamento de Substance, rumores sobre a dissolução da banda prenunciavam que este álbum seria seu epitáfio, mas os boatos foram afastados com um single e planos de um novo LP. A nova ordem continua..." (Celso Pucci)
Na mesma edição, a Bizz trazia uma matéria chamada "New Order - O Mais Fino Sabor de Manchester", com uma longa entrevista do jornalista Pepe Escobar com o que, na época, equivalia a três quartos da banda: o baixista Peter Hook, o baterista e programador Stephen Morris e a tecladista e programadora Gillian Gilbert (faltou o vocalista, guitarrista e tecladista Bernard Sumner) - todos numa estação de trem! - discorrendo sobre a carreira da banda até então, métodos de produção, a famosa aversão da banda a shows (na época, cada show do New Order tinha um setlist completamente distinto, e a banda não fazia concessões. Sorte ou azar do espectador se ele ouviria os hits na apresentação!) e falando até sobre o então cenário musical. Stephen Morris, perguntado sobre o que ele achava interessante, disse "Ah, eu posso dizer o que eu NÃO considero interessante: o novo single dos Sugarcubes (nota do editor: Sugarcubes era uma banda islandesa que revelou ao mundo a cantora Björk). Yeachh!"
BIZZ - junho de 1988
NEW ORDER - O MAIS FINO SABOR DE MANCHESTER
Desde o mês passado, eles já estão em estúdio preparando o novo álbum, antes dele, sai o primeiro solo de Bernard Summer - com participação de Johnny Marr, enquanto isso, escala as paradas americanas o remix "Blue Monday ´88", executado por Quincy Jones, estas são as ultimas novas, antes de telexá-las, Pepe Escobar já tinha batido um longo papo com três quartos da banda independente que mais vende discos no planeta
"Oh, Manchester, quanto tens por responder..." O verso é de Morrissey, quando ainda estava começando a exorcizar suas fantasias de quarto solitário em cima de James Dean, Oscar Wilde, impérios perdidos, lama e glória. O trem Londres - Manchester avança a 140 km/h e passa pela cabeça não só uma história condensada do pop inglês quanto um countryside absolutamente entediante. Em uma estação deprê-total, puro detrito da Revolução Industrial, comento com minha fotógrafa: "Como é que alguém pode morar em MacClesfield?"
Meia hora depois, na gloriosa Piccadilly Station de Manchester, fico sabendo que metade do New Order, Stephen Morris e Gillian Gilbert, mora em MacClesfield. Gillian até passou batom, sombra e rímel para essa entrevista histórica. Peter Hook - com o heavy metal look já abandonado - nos recepciona. Em puro Manchester style, ou seja, qualquer nota, a entrevista é na própria lanchonete da estação. com chá em copinho de plástico e um hominho passando de vez em quando vendendo o Manchester Evening News.
Bernie Albrecht não veio. Não exclusivamente porque esteja gravando seu álbum solo (isso é para mais tarde): Não veio também porque está dedicando-se ao sócio. New Order, depois do sucesso de "True Faith" e Substance, dedica-se a um relativo ócio, interrompido por um jamming de onde sairá o próximo LP. No warm up para a entrevista, descobrimos que Gillian Gilbert não fala (igual a Lady Di) e Stephen Morris é fissurado em tiradinhas cínicas. Peter Hook cai de pau nos japoneses, nos americanos (todos invariavelmente idiotas), diz que jamais moraria em qualquer outro lugar além de Manchester. Anuncia que não conhece música brasileira. Mas comenta como ficou impressionado ao saber a quantidade de discos - e a popularidade - de uma "cantora brasileira negra" (viu em um programa de TV; não lembrou o nome da cantora). Para Mr. Hook, o Brasil é uma curiosa fantasia que lhe remete a generais da SS e gente comendo restos de lata de lixo enquanto as limusines passam á côté.
New Order, claro, não vai se dissolver. Sua preocupação é com o novo status de quase superbanda mundial. Preferem não entrar em detalhes no (ainda) delicado assunto Ian Curtis. Ao final da entrevista na lanchonete. New Order pagou a conta e deixou seus três autógrafos para a escocesa da caixa, que quase teve um colapso.
Peter nos convidou para a noite de hip hop no mítico Hacienda, também conhecido como Fac 51 (o 51.º produto saído da Factory Records). À tarde, refizemos os itinerários ur e suburbanos de Morrissey, incluindo a desolada Strangeways (está no título do último LP dos Smiths). Manchester é a cidade ideal para incitar qualquer alma ao suicídio. As duas únicas exceções ao tédio terminal são alguns pubs de subúrbio - com faces dignas de entrar na História da Pintura - e a trilha sonora do Hacienda - extra-acid house e extra-heavy remixes de DJ. Os locais são extremamente delicados - ao contrário dos ingleses - e não costumam posar - ao contrário dos ingleses. Em uma medida da finesse de seus acionistas, New Order não toca no Hacienda.
BIZZ - Para começar. New Order nunca se interessou muito em falar com a mídia - o que por um lado pode ser muito saudável.
Stephen - Mas nós falamos com todo mundo...
Peter - Há uma diferença entre falar e se construir uma imagem de pop star. Isso quem faz são os outros, não nós.
BIZZ - Muita gente refere-se a New Order - como antes ao Joy Division - como "o som de Manchester". Como vocês se relacionam com a cidade? Como ela impregna o que vocês fazem? A quela história do homem como produto do meio ambiente...
Peter - Eu ando muito pela cidade. Mas Stephen vive em MacClesfield. Acho que é a mesma coisa em qualquer lugar que você vive, não é? Não sinto necessidade de subir em um caixote e pregar as virtudes de Manchester.
BIZZ - Morrissey construiu uma espécie de mitologia própria de Manchester - e é interessante comparar com o approach de vocês, completamente diverso...
Peter - Para ser honesto, acho que ele merece. Ele não é assim tão bom. Não é tão mau, mas não é tão bom. Há coisas interessantes onde quer que você vá. No Brasil, por exemplo, gente se alimentando de latas de lixo ao lado de limusines.
BIZZ - Vocês sofreram alguma influência forte do american way of life, ou dos valores americanos, depois que começaram as tours constantes?
Peter - Os americanos são um pé no saco a maior parte do tempo. Nós tínhamos tantos problemas antes, quando não tínhamos um contrato de distribuição na América, quanto hoje, que temos o contrato. Na maior parte do tempo, eles se comportam como galinhas com um lenço na cabeça. Certamente isso não me provoca a pensar na "terra do futuro"
BIZZ - No inicio vocês eram uma cult band para um grupo seleto de pessoas. Hoje são uma banda extremamente popular, até mesmo nas pistas de dança de todo o planeta.
Peter - Eu nunca entendi essa história de cult. Uma cult band é quando você está tentando fazer sucesso, não tem atenção de mídia, e é muito difícil para alguém que não mora em Manchester ouvir falar de você. Mas de repente todo mundo em Manchester ouviu, os amigos se telefonam, o barulho aumenta, e todo mundo ouviu falar de você antes da imprensa.
BIZZ - Mas nos primeiros tempos de New Order havia uma espécie de sociedade secreta em Londres, no Brasil, na Malásia, gente que realmente cultuava vocês como the real thing...
Peter - Mas isso eu acho que sempre vai acontecer a quem faz boa música. Sempre que você escuta um bom disco, vai falar para seus amigos. E essa banda vira uma cult band entre vocês, ou no seu bairro.
BIZZ - Vamos pegar alguns pontos nesse aspecto. Martin Hannett realmente ensinou vocês a produzir discos?
Stephen - E, ensinou a não colocar muitos músicos em um estúdio (risos).
Peter - Na época, nós éramos muito jovens para apreciar o seu trabalho. O negócio é que ele não gostou muito do que ele passou junto com a gente. Produzir é um dos piores trabalhos do mundo. Ficar convivendo só com músicos... (risos).
BIZZ - Vocês começaram a produzir seus próprios discos em 83, não é?
Stephen - Logo depois de Martin. Nós achávamos que podíamos fazer melhor do que ele (risos).
Peter - Ambição... até que não é uma coisa ruim, ambição. Contanto que esteja dirigida para o lugar certo.
BIZZ - Como vocês toparam com "Blue Monday"? Foi um acidente brincando com drum machine?
Stephen - A gente estava roubando um riff de bateria de Donna Summer (risos). Não sabemos exatamente como foi.
BIZZ - Um acidente planejado?
Peter - Bernard é que estava interessado em toda a cena de dança. Stephen arrumou uma drum machine. Os dois se juntaram... Mas não foi a primeira que fizemos assim.
Stephen - Mas essa foi a primeira drum machine que dava para programar no tempo real. Não foi a primeira música em que usamos drum machine. Qual foi? (Os dois ficam trocando figurinhas tentando lembrar.)
BIZZ - "Decades" era com drun machine, não?
Stephen - Sim, mas foi uma antes.
Peter - "Isolation".
Stephen - Não... Mas foi ainda com o Joy Division.
Peter - Nós já tínhamos usados sintetizadores há bastante tempo, com o Joy Division.
BIZZ - Mas aí vocês começaram a explorar ritmos mais dançantes.
Stephen - (lembrou) - "The Eternal."
Peter - O ponto, em tudo isso, é que a tecnologia se desenvolveu muito. Quando estávamos no Joy Division não havia máquinas. Havia uma drum machine, mas estava caindo aos pedaços. Na hora em que chegamos a "Blue Monday" e Power, Corruption and Lies, já conhecíamos e entendíamos um pouco de tecnologia.
Stephen - Sintetizadores polifônicos, não tinha nada disso. E nas drum machines só tinha aquelas teclas "samba", "mambo"... Poderia ter dado muito certo no Brasil!
BIZZ - Vocês foram uma das primeiras batidas brancas a trabalhar com hip hop. Vocês foram atrás de Arthur Baker? Ou ele os procurou?
Stephen - E, um amigo meu conheceu Arthur Baker em Nova York e ele disse que queria fazer alguma coisa conosco. Nós aceitamos, mesmo porque estávamos querendo passar uma semana em Nova York. Então escrevemos uma musica...
Peter - O gozado é que deveria ser um remix de "Blue Monday", não é?
Stephen - Uma coisa era isso, e a outra era "Five Eight Six". Depois tudo virou uma história muito enrolada.
Peter - E o que ele fez naquele "Confusion" não soa melhor do que a nossa versão em Substance...
BIZZ - Isso nos leva a outro ponto: vocês conseguem manter completo controle sobre todos os aspectos da marca New Order, como as capas de disco, os vídeos, o material de promoção? Vocês supervisionaram tudo?
Peter - Nós costumávamos, antes. Mas desde que começamos a fazer, entre aspas, sucesso, não dá tempo. E as pessoas agora acham que elas sabem melhor do que nós mesmos o que é melhor para a banda. Por causa do sucesso de "True Faith", todo mundo fala: "O que vier agora tem que ser como ´True Faith´, tem que fazer tanto sucesso"... Nós nunca tivemos esse tipo de pressão antes. A gente podia até querer fazer um... Metal Machine Music...
BIZZ - Muitas pressões de gravadora?
Peter - De todo mundo. E agora estamos rodeados por muito mais gente. E tem a América...
BIZZ - "True Faith" foi quase um choque para Vocês, um big break que de repente os jogou quase para a liga das bandas que tocam em superestádios. Foi um choque? Ou foi um problema?
Peter - Nós não temos realmente problemas no momento. E só que tem havido uma mudança gradual - nós temos tido cada vez menos tempo para cuidar de muito mais coisas. Mas isso não nos mudou. Em nada.
Stephen - Se eu tivesse mudado, o nosso próximo disco seria um outro "Blue Monday". Ou "True Faith, part 2". É isso que as pessoas querem fazer em gravadoras - para poder continuar com o mesmo tipo de atividade promocional. Se a gente fizesse isso, seria muito chato...
BIZZ - No correr do tempo, houve uma transformação marcante no conteúdo de suas letras, junto com a forma. É só comparar, por exemplo, "You Silent Face" com "The Perfect Kiss", "Thieves Like Us" Elas eram mais melancólicas, no início, e depois foram virando algo como love songs.
Peter - É difícil para mim descrever por que mudou. Acho que ficou mais fácil compor - talvez pelo fato de que Bernard esteja compondo há um bom tempo. Basicamente, quando nos começamos, alguém dizia: "Escrevam letras, escrevam frases para os vocais". Nós não sabíamos como. Sempre deixamos isso com Ian. Acho que aprendemos. Por que Barnie canta canções de amor, eu não sei. Você tem que perguntar para ele.
Stephen - E um dos temas mais fáceis por ai, não?
BIZZ - Ele escreve todas as letras sozinho?
Peter - Quando ele está inspirado, faz por si só - o que não é muito comum. Se não, fazemos todos juntos.
Stephen - Geralmente ele vem com um verso e o refrão e nós nos reunimos e "cobrimos os buracos"...
BIZZ - Voltando a um ponto: no início o som de vocês era mais tortuoso e torturado - depois foi abrindo-se para "mais luz´´. Vocês ate chegaram a colocar seus próprios rostos em uma capa de disco...
Peter - Será que nós ficamos melosos?... Você muda à medida que envelhece, ganha mais experiência.
Stephen - Acho que isso vale para a música em geral. Antes a música de alta energia era sinônimo de guitarras vistosas. Hoje a energia está com uma drum machine a 156 batidas por minuto, a música é mais dançável, mais orientada para a batida.
Peter - E outra: a tecnologia, hoje, te dá a chance de poder ouvir uma bateria como se deve. Você procura o som de bumbo na mixagem de discos antigos e não consegue encontrar!
BIZZ - Falando de ritmos, às vezes aparecem com algumas coisas cuja proveniência provavelmente desconhecem. Um exemplo: no mix de "Bizarre Love Triangle" há um padrão de batida que é puramente brasileiro, o que lá chama-se "batucada".
Stephen - (sorrindo) Sabe como a gente fez isso? Nós botamos os arpejos no Emulator e apertamos cinco teclas, dois compassos, e só. Não foi programado para soar assim. Era um jeito de fazer um outro tipo de percussion break. Soava bem.
BIZZ - Como é seu processo de composição? Vem, basicamente, de jams?
Peter - É, tudo nasce mais ou menos de uma jam. Idéias que vão tomando forma. Nenhum de nós costuma vir com uma música pronta. É um processo lento. Cada música nossa leva um longo tempo de elaboração. Sempre passamos pela fase em que todas as músicas têm o mesmo som. E aí começa - como fazer para elas terem cada uma sua personalidade. E elas tendem a ser no mesmo tom...
BIZZ - Vocês tem problemas com tonalidade?
Stephen - Nós não temos problemas, o negócio é que nunca precisamos saber do que se trata. Não é importante.
Peter - O problema começou quando vimos que algumas musicas eram fáceis para Barnie cantar, e outras muito difíceis. Alguém falou: "Deve ser o tom"... E nós: "Que tom?"
Stephen - Não é preciso ter conhecimento de música para ter uma banda.
BIZZ - Quais eram as suas influências musicais, ainda na época do Joy Division? Se é que tinham alguma.
Peter - Pessoalmente, eu ouvia heavy metal quando tinha 16 anos. Costumava ir urna vez por semana à disco... Só comecei a tocar guitarra com 21 anos, um pouco tarde. Foi Ian que realmente nos educou, eu e Barnie. Ele trazia todos aqueles discos e dizia "escutem só isso, Lou Reed, Velvet Underground, Doors, é muito bom". Nós nunca tínhamos ouvido. Tivemos nossa educação musical com Ian, porque eu consumia tudo em disco.
Stephen - O que estava acontecendo na época era Low, The Idiot, Roxy Music, isso que a gente ouvia era o que nos influenciava.
Peter - Nós começamos mais com a idéia de "tirar uma lasquinha" nessa história de ser rebeldes. Não tínhamos desejos de fazer uma música maravilhosa. Nós só queríamos ser notados.
BIZZ - Isso que vocês sempre tiveram, de fazer as coisas por si próprios, essa ética, pode-se dizer que está relacionada com o espírito punk?
Peter - Deveria estar relacionada, realmente. Nós temos isso até hoje, e sempre tivemos a oportunidade de nos satisfazer, junto com Rob, nosso manager. Sempre trabalhamos com um grupo de cinco pessoas. Com Joy Division, nós estávamos a um passo de assinar com um grande selo, o Genetic, de Martin Rushent; e a única coisa que era motivo de discussão, naquele ponto, era o inevitável dinheiro. Nós achávamos que assinar com a Genetic, que tinha muito dinheiro, era a única coisa que a gente podia fazer. Mas aí Tony ( Wilson, da Factory) e Rob reuniram-se e decidiram: "Vamos soltar um LP nós mesmos, independente, pela Factory". E foi isso. Só porque Unknown Pleasures tinha feito sucesso local, não quer dizer que a gente estava ganhando dinheiro. Dava apenas para sobreviver. Claro que esse tipo de arranjo não funcionou na América. A América é grande demais.
BIZZ - Vocês têm idéias similares no que concerne a turnês de vários meses e a passar muito tempo em estúdio?
Stephen - Nós não fazemos turnês longas. Nós passamos, isso sim, muito tempo em estúdio. As turnês são sempre uma decisão pessoal - vamos fazer ou não. É bastante democrático. Quando ficamos no estúdio por dois meses, dá vontade de sair e tocar. E aí vemos: ´´Mas é só isso? , e já queremos fazer outra coisa.
Peter - Mas a coisa chegou a um ponto tal que, depois de lançarmos o próximo disco, poderíamos decidir ficar cm casa, e não promove-lo. Apesar de tudo, ainda estamos no ponto de fazer o que nos dá na cabeça.
BIZZ - E quanto ao Hacienda: vocês ainda são acionistas?
Peter - É, ainda somos acionistas, espiritualmente... Nós estamos abrindo uma outra casa, um bar-restaurante.
BIZZ - O Hacienda dá dinheiro? Andou tendo problemas, não?
Peter - Sobrevive. Afinal, sobreviveu cinco anos. Tivemos que acabar com os shows ao vivo e fazer só disco. Show não dava mercado no Hacienda, não é o tamanho certo. E meio frustrante, porque nós surgimos como uma banda em shows ao vivo. Seria legal dar a Manchester um lugar para shows, mas Manchester foi por outro caminho: garotos só querem grandes bandas internacionais...
BIZZ - Public Enemy, quando esteve aqui, proclamou Manchester como "a capital mundial do hip hop".
Stephen - Com hip hop parece que estão sempre tocando o mesmo disco. Mas eu acho que é o mesmo a "capital mundial etc.".
Peter - Sábado tem uma grande noite de house music, também. Hip hop na sexta. Não sou seu fã em particular. Para mim tudo tem o mesmo som.
BIZZ - Mas vocês não se interessam pela maneira com que usam colagem, cut ups? Afinal, vocês utilizam uma série de colagens - de uma outra maneira - em seus mix.
Peter - Acho interessante, mas não acho que vá durar muito tempo. Ouvi unia banda muito boa recentemente, Soho, e gostei da maneira como fazem o amálgama de uma série de canções. Foi uma das únicas coisas que ouvi em séculos que me chamou a atenção.
BIZZ - Gillian, é você que coordena toda a sintetização eletrônica no New Order? Se não, como você organiza a massa de teclados?
Gillian - E meio difícil condensar tudo em cinco minutos. Quando nós começamos, usávamos máquina simples, fáceis de programar. Eu programava. Barnie me ajudava em alguns fraseados. Depois foi ficando mais complicado, tomando mais tempo, e contratamos alguém para programar para nós. Eu me concentrei em escrever. Temos também uma estrutura diferente da que usamos em ensaio. Em vez de levar todo o equipamento para turnês, condensamos tudo em dois samplers, o que facilita muito ao vivo, em controle. O problema é que há uma série de programas para se tomar conta, e você tem que organizá-los mentalmente. Eu tenho, geralmente, cinco minutos entre uma música e outra para mudar os programas - enquanto estou tocando tenho que manter a atenção nisso também.
BIZZ - Essa mecanização atrapalha?
Gillian - Não, nós seqüenciamos tudo. Em algumas músicas, por exemplo, eu tenho que tocar a linha de baixo, ao mesmo tempo que guitarra, então seqüenciamos o baixo.
BIZZ - Como vocês vêem o fato de que o New Order eletrônico é muito mais melódico do que o New Order acústico? E vocês tem um feeling fabuloso para melodias que "pegam". É geral, vem de um lado de vocês particular?
Peter - Acho que vem de todos nós. Por que o material eletrônico é mais melódico, não sei... Acho que nós evoluímos, basicamente...
BIZZ - Vocês odeiam dar bis ao vivo. Por quê?
Peter - Eu suponho que a razão principal seja o fato de que nunca gostamos muito de tocar ao vivo. Hoje até que damos mais, mas pessoalmente acho que é um pouco redundante. Você trabalha duro para tocar seu sei, e isso é o que basta. Isso também tem a ver com minha desilusão em ver bandas, como Echo & the Bunnymen, que têm tudo planejado, até mesmo as encores. Nós não fazemos isso nem com os seis...
BIZZ - Os rumores continuam de que vocês iam, iriam ou podem vir a tocar no Brasil?
Peter - Nós já fomos convidados para tocar no Brasil três vezes. Nós deveríamos estar naquele festival com Duran Duran. Mas o Simply Red é que terminou indo. Acho que o agente deles é mais esperto do que o nosso...
BIZZ - Há alguma coisa na cena musical atual que vocês considerem particularmente interessante?
Stephen - Te digo o que não considero interessante: o novo single dos Sugarcubes. Yeachh!
Peter - Nada... Ouvi ontem um programa de country & western... Isso é interessante. E muito difícil ser "novo" nos dias de hoje.
BIZZ - A culpa é dos conglomerados e de produtores que têm um só som na cabeça - cuja equação é produto de jogadas de marketing?
Peter - E, é isso. Uma pena. Mas pelo menos tem O outro lado: alguém pode comprar um computador e começar a - "fazer música". E a definitiva atitude punk. Nada mais e sagrado. Você pode fazer o seu disco soar tão bem produzido quanto Stock, Aitken e Waterrnan.
BIZZ - Só um detalhe: vocês são contra as leis de copyright?
Stephen - Sampling? Não. Somos uma das bandas mais pirateadas do mundo. Se a gente exigisse copyright de " Blue Monday´ -, estaríamos milionários.
Peter - Tinha um disco no "Top of the Pops´´ ontem à noite, acho que era "S-Express", com um break bem, bem velho, de Barry White ou algum outro, e a garotada hoje (14, 15 anos) não sabe, pensa que é alguma coisa nova. Nós falamos "o que é isso, eu ouvi esso som há quinze anos!" Não tem nada de mais. Quem defende essas leis é gente ambiciosa, avarenta. Stock, Aitken & Waterman, esses caras têm quatro Ferraris, oito jaguars e ficam choramingando porque alguém usou dois segundos de um de seus discos. E patético. E eles roubaram de todo mundo
Stephen - Todo mundo é influenciado por todo mundo. Muitas vezes começávamos a querer fazer cover versions, mas aí terminávamos escrevendo uma música. Nós descobrimos, por nós mesmos, que é muito mais fácil escrever do que fazer covers, pegando um riff daqui, outro dali...
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DOWNLOADS
Não poderia faltar os downloads, que disponibilizamos para vocês. Este post foi elaborado por Expedito Paz, e ele, como um grande fã de New Order, upou um grande conteúdo que você não pode perder. O link para a biblioteca de arquivos é:
- B-Sides & Rarities: Behind Closed Doors Best and Marsh (7" edit) Best and Marsh Confusion (original 12") Cries and Whispers (no disco Substance, está creditada como Mesh) Exit (da trilha do filme Control) Haystack Here to Stay (da trilha do filme 24 Hour Party People) Hypnosis (da trilha do filme Control) The Peter Saville Show Sountrack (trilha sonora de uma exposição de arte) Let´s Go (Nothing On Me) Mesh Player In the League Sabotage (da trilha de Salvation) Skullcrusher (da trilha de Salvation) Sputnik (da trilha de Salvation) Such a Good Thing Temptation ´98 The Happy One Video 586 (instrumental experimental de 1982) Vietnam (versão para música de Jimmy Cliff para um disco beneficente) - Live in Rio 2006 Intro Crystal Regret Ceremony These Days Transmission Krafty Waiting for the Sirens´ Call Your Silent Face (também conhecida como KW1) Turn True Faith Bizarre Love Triangle Temptation The Perfect Kiss Blue Monday She's Lost Control Love Vigilantes Love Will Tear Us Apart - Remixes 60 Miles an Hour (David Kahne mix) Age of Consent (Howie B. mix) Blue Monday'88 (12") Blue Monday (Hardfloor mix) Confusion (Pump Panel Reconstruction mix) Crystal (Silicon Sex mix) Fine Time (Messed Around mix) Guilt Is a Useless Emotion (Mac Quayle Extended Mix) I Told You So (3 mix) Krafty (The Glimmers 12" extended mix) Love Vigilantes (extended) Mr. Disco (Razormaid mix) Paradise (remix) Regret (Sabres Fast 'n' Throb mix) Regret (The NewOrder mix) Regret (Fire Island mix) Round & Round (extended) Ruined in a Day (K-Class mix) Run Wild (Steve Osbourne original mix) Spooky (minimix) Temptation (Secret Machines Remix Full Length) True Faith (Shep Pettibone mix) Waiting for the Sirens' Call (Jacknife Lee mix) - Rock Around the Clock (mini-show de meados dos anos 80) Sooner Than You Think Age of Consent Blue Monday In a Lonely Place Temptation - Vídeos Blue Monday (NME Awards 2005) Krafty (NME Awards 2005) Love Will Tear Us Apart (NME Awards 2005) NME Awards 2005 - introdução Here to Stay (live at Top of the Pops) Transmission (ao vivo em 2002, especial para John Peel)
E caso você tenha curtido a entrevista que postamos acima, pode fazer o download dela:
Bem, enfim, é isto por hoje. O tão esperado post de New Order é este. Obrigado Expedito, por nos fornecer um conteúdo rico e bem diversificado.
And we would like to thank all the fans around the world who visit us. Therefore I wish a huge "Cheers, mate!" to all of those who are helping us to be known worldwide. That's our purpose: to spread good music. And with your help we'll keep on posting that. Thanks!